A sub-região do Médio Tejo localiza-se na região Centro de Portugal e inclui o norte do distrito de Santarém e o sudoeste do de Castelo Branco. É constituída por treze concelhos: Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha.
A sublime paisagem, predominantemente florestal e agrícola, é enriquecida pelos cinco rios que atravessam o território. Os rios Tejo, Zêzere, Nabão, Almonda e Alviela são ainda acompanhados por numerosas ribeiras, quedas de água, albufeiras e praias fluviais, as quais estão prontas a recebê-lo e encantá-lo nos dias de mais calor. O património cultural, histórico e arquitetónico da região é vasto e de extrema relevância. Embarque numa viagem no tempo e descubra pegadas de dinossauros, vestígios de arte rupestre ou da presença romana. Caminhe por entre as muralhas dos Castelos de Abrantes, Tomar, Ourém, Almourol, Sertã e Torres Novas. Aprecie a diversidade de estilos arquitetónicos do Convento de Cristo, considerado Património da Humanidade pela UNESCO, e desvende os segredos dos centros históricos. | No Médio Tejo não faltam espaços de fé e celebração religiosa. O Santuário de Fátima recebe anualmente milhões de peregrinos e turistas de todo o mundo. As igrejas, capelas e conventos da região guardam um relevante património artístico e a Sinagoga de Tomar é o único templo hebraico da Proto-Renascença em Portugal. Participe também nas várias festas tradicionais e religiosas.
A área da região do Médio Tejo é de 3.344 km2. A dimensão territorial dos concelhos varia entre os 13,72 km2 do Entroncamento e os 714,69 km2 de Abrantes. Nos restantes concelhos, as maiores superfícies pertencem à Sertã, com cerca de 450 km2, e a Ourém e Mação, ambos com um território próximo dos 400 km2. No extremo oposto destacam-se Vila Nova da Barquinha, com cerca de 50 km2, assim como Constância e Sardoal, próximos dos 100 km2. Os treze concelhos do Médio Tejo contabilizam um total de 247.330 habitantes. Ourém (45.932), Tomar (40.674) e Abrantes (39.325) são os concelhos com o maior número de residentes, equivalendo os três à metade da população total da sub-região. Os municípios com maior densidade populacional são o Entroncamento (1.471,8 hab./km2), Vila Nova da Barquinha (147 hab./km2) e Torres Novas (136 hab./km2). |
História
Percorrer o território do Médio Tejo é caminhar pelo decurso do tempo, desde a pré-história até aos nossos dias. Encontre gravuras rupestres do Paleolítico ao Neolítico nos concelhos de Ferreira do Zêzere, Mação e Sertã. No Castro de São Miguel de Amêndoa, passeie por entre o povoado fortificado da Idade de Ferro, enquanto desfruta da beleza das montanhas.
Também os romanos se apaixonaram pelo território, devido ao excelente clima e à abundância de água. Podem ser visitados vestígios da presença romana, por exemplo, nos concelhos de Tomar, Torres Novas e da Sertã. Na Vila Cardílio, habitada pelos romanos durante os séculos I a IV d.C., perduraram no tempo bases de colunas e pavimentos ornamentados por mosaicos coloridos. Caminhe ainda pelas estradas romanas ao mesmo tempo que desvenda as paisagens do concelho da Sertã. | Aquando da Reconquista Cristã, no século XII, três castelos situados na região pertenceram à linha defensiva templária no rio Tejo. Os castelos de Abrantes, Almourol e Tomar foram usados para controlar as investidas dos Muçulmanos e fazem hoje parte da história e do misticismo em que estão envoltos os Templários. Já o concelho de Alcanena guarda a influência árabe tanto no nome como no trabalho de curtimento de peles.
O Convento de Cristo, em Tomar, é um hino à história arquitetónica portuguesa. Por ter sido construído ao longo de sete séculos, nele podem ser testemunhados exemplos do estilo Românico, Gótico, Manuelino, Renascimento joanino, Maneirismo e Barroco. Pelo território hoje coberto pela sub-região do Médio Tejo passaram também as Invasões Francesas, lideradas por Junot e Massena, no início do século XIX. O conflito deixou no território a marca do Liberalismo que mais tarde influenciou o conflito entre D. Pedro e D. Miguel. | Com a política de fomento dos meios de transporte e vias comunicação promovida por Fontes Pereira de Melo, a partir de 1850, foi iniciada a construção de linhas ferroviárias, as quais estiveram na origem do município do Entroncamento.
Ao longo dos anos, os vários concelhos foram acumulando tradições e festas populares que animam a vivência do território. Feiras medievais, procissões, bailes populares e cortejos tradicionais são um incentivo suplementar para que venha visitar o Médio Tejo e admirar os exemplos da sua história milenar. |