As ovas do achigã ou da fataça são as estrelas deste prato. Após serem temperadas com sal e fritas em azeite com cebola, pimenta, salsa, louro e alho, são misturadas com pão partido aos bocadinhos. 

Pode provar esta especialidade em vários restaurantes nos concelhos de Constância, Vila Nova da Barquinha e Abrantes, os quais têm uma ligação próxima com o rio.

A açorda de sável é um prato que revela a influência do rio Tejo e dos seus afluentes na gastronomia da região. O peixe é cortado em postas finas e frito em azeite, sendo depois servido com a mistura de pão, água, louro e azeite. Vários restaurantes nos concelhos de Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha servem esta iguaria.

O arroz de lampreia faz parte dos menus de vários restaurantes da região, nomeadamente nos concelhos de Tomar, Mação, Vila Nova da Barquinha e Abrantes. A lampreia é uma iguaria sazonal que é preparada especialmente entre os meses de fevereiro e abril, período durante o qual Mação lhe dedica um festival.

Os Beija-me Depressa são uma herança da doçaria de inspiração conventual tradicionais do concelho de Tomar. Estas bolinhas, confecionadas com açúcar, farinha e gemas de ovos, fazem as delícias tanto dos visitantes como dos habitantes.

O bucho recheado consumia-se no passado sobretudo durante a festa da matança. Atualmente pode ser degustado em vários restaurantes da região, nomeadamente nos concelhos de Sertã, Mação e Vila de Rei.

Os ingredientes usados variam consoante a zona em que são confecionados, mas mantêm-se os elementos essenciais: o bucho de porco, que é recheado com arroz, lombo de porco, presunto, chouriço magro, salsa picada, ovos e louro.

A cachola é um prato típico do concelho de Alcanena, o qual é confecionado com várias miudezas do porco, como fígado, coração e bofe, cortadas aos pedaços. Pode ser acompanhado com batatas ou arroz. 

Anualmente tem lugar em Alcanena o Festival Gastronómico da Cachola e da Morcela durante o mês de novembro.

Os cartuchos de amêndoa são um doce típico de Cernache do Bonjardim, concelho da Sertã, confecionados à base de doce de ovos com amêndoas. O recheio é envolto por um cartucho feito com farinha, manteiga e ovos. Pode deliciar-se com esta iguaria nas várias pastelarias da localidade.

A cozinha fervida teve origem no aproveitamento das sobras de outras refeições por parte da população rural mais desfavorecida do Sardoal. A base alimentar da população sardoalense era a sopa de couves com feijão. Quando uns dias depois esta começava a escassear, era-lhe adicionada água, cebola, louro, azeite e outras sobras esfareladas, como pão de milho. Esta mistura era acompanhada com azeitonas e, em dias especiais, guarnecida com duas sardinhas. 

Com a melhoria das condições de vida da população, a cozinha fervida passou a ser consumida juntamente com bacalhau e entrecosto assado. Os restaurantes do Sardoal disponibilizam-na também nas suas ementas.